Dádiva Divina
Você é daqueles que pega a chave de casa quando ainda está a um quarteirão de distância? Daqueles ao retornar do trabalho, já vai pensando o que fazer no jantar? Está jantando e já pensando no que vai assistir na televisão? Está assistindo televisão e já pensa o que fazer no trabalho no dia seguinte? Está no trabalho e já pensa no almoço, no almoço já pensa nas tarefas da tarde e à tarde já pensa o que fazer ao chegar a casa? Então, você vive no futuro, como se isso fosse possível. Vive por antecipação, em estado de ansiedade.
Você é daqueles que o tempo todo fala e pensa sobre o que aconteceu? Daqueles que só pensa no que não conseguiu? No que faltou? Coisas que os outros fizeram para você ou que você fez aos outros? Então você vive no passado, não o abandona, não o deixa para trás e está o tempo todo o trazendo para o presente, revivendo-o como se fosse agora. Gasta energia em demasia, prisioneira das lembranças negativas, em estado de angústia permanente.
Viver no futuro traz ansiedade, medo e insegurança; já viver no passado, trás rancor, raiva, culpa orgulho, ressentimento, arrependimento ou autopiedade. Já querer controlar as circunstâncias, controlar o Universo é uma tentativa de ser onipotente, fruto do orgulho e da prepotência.
Na natureza tudo se correlaciona e se interliga, ela é uma sinfonia regida no terreno supremo do Criador. A natureza dispende o mínimo de esforço em seu funcionamento. Como lembra Deepak Chopra: “A grama não tenta crescer, apenas cresce. As flores não se esforçam para abrir, apenas desabrocham. Os pássaros não tentam voar, apenas voam. Os peixes não forçam para nadar, apenas nadam. A Terra não se esforça para girar sobre seu eixo. É próprio de sua natureza girar a uma velocidade estonteante e rolar pelo espaço. É da natureza do Sol brilhar. É da natureza das estrelas piscar e reluzir. E é da natureza humana materializar seus sonhos, facilmente, sem forçar”.
Perceba que a sua fragilidade diante do Universo é sua força. Ao entrega-se às leis naturais potencializa suas possibilidades e permite o autoconhecimento em conexão com a profunda fé em si mesmo, na vida e no Cosmo. Por isso, ao aceitar as pessoas como elas são, as situações conforme se apresentam descobre o terreno fértil para a criatividade e para a liberdade. Poderá encontrar soluções no caos, na confusão e em tudo, pois tudo é oportunidade de aprendizado, de crescimento.
O passado é história, o futuro é mistério, o presente é uma dádiva, é por isso que este momento se chama “presente”. Aceite o aqui e o agora em atenção concentrada e com profunda fé terá a certeza que os resultados surgirão espontaneamente. O QUE você faz deve ser importante, mas é COMO você faz, pensa e sente que o levará a desfrutar com alegria, naturalidade e leveza. Concentre-se em cada tarefa que realiza e não naquilo que deixa de fazer ou naquilo que fará daqui a pouco, amanhã ou depois. Esteja por inteiro com alguém que ama, não metade ali e outra metade voando com o pensamento para longe.
Pare de supor que o seu passado não presta e que o futuro será sempre pior. Se algo ruim ocorreu já foi, se algo ruim ocorrer, saberemos como lidar com ele lá em algum lugar do futuro. Viver o presente não significa, porém, viver sem planos, sem objetivos. Viver o presente é dar o devido peso a cada um desses tempos, aprendendo com o passado, vislumbrando o futuro, mas trabalhando no presente.
É fundamental lembrarmos do ensino do Cristo, quando, ao perceber as inquietações de nossa alma quanto aos dias vindouros, afirmou: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, pois o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia a si mesmo”. Pense nisso, mas pense agora!
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