Já dizia o jornalista Whit Hobbs: “Sucesso é acordar de manhã, não importa quem você seja, onde você esteja, sua idade, e sair da cama porque existem coisas importantes que você adora fazer, nas quais você acredita, e em que você é bom. Algo que é maior que você, que você quase não aguenta esperar para fazer hoje”.
O sucesso na hora de comprar é o equilíbrio entre a emoção e a razão. Quando conseguimos o autodomínio emocional, fazendo uma ponte com o raciocínio lógico e baseado em fatos reais, o resultado é positivo. É nesse momento que as compras se tornam prazerosas, livres do peso na consciência, por se tratar de uma ação bem pensada e não resultado de impulso.
Para facilitar o processo da análise trouxemos quatro peneiras para você utilizar antes da decisão final de levar para casa mais um produto. A primeira peneira é definir: EU REALMENTE QUERO? O impulso geralmente engana-nos e leva as emoções a potencializarem os desejos temporários de algo que daqui a pouco será dispensável.
Passou na primeira peneira, vamos ver se passa na segunda: EU REALMENTE PRECISO? Quantos objetos temos em casa sem uso, fruto de compras por impulso. Quantas vezes compramos alguma coisa, que vai para o armário ou para o closet e não usamos. Depois ficamos a pensar: “Por que será que comprei?”
É comum confundirmos desejos com necessidades. Algo necessário é indispensável e trará dificuldades e transtornos na sua falta. Já os desejos são vontades ligadas àquilo que nos é atrativo por algum motivo pessoal. Quando percebermos que um objeto é apenas desejo, começamos a justificar, a arrumar mil e uma formas de “provar” que ele é necessário.
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Um amigo ficou apaixonado por um modelo de carro novo. Mas o dele, ainda seminovo e em perfeito estado de conservação, não sinalizava a necessidade da troca. Então entrou em campo a mente de justificador: “Preciso mesmo, afinal eu trabalho tanto e mereço”; “Daqui a pouco meu carro começa a dar manutenção…”; “O carro novo é muito mais econômico…”.
Assim seguem as pessoas dando um jeitinho de tapear a consciência. Mas no subconsciente fica registrado e vamos acumulando situações desconfortáveis, que um dia poderão vir à tona e trazer algumas doenças bem conhecidas.
A terceira peneira é: EU POSSO COMPRAR? Para comprar basta usar o crediário, mas, crédito é apenas uma forma de você saber que faz parte do grupo de pessoas que por comprar somente o que PODE, nunca fica inadimplente. Crediário não é dinheiro.
Nesta peneira é preciso definir se temos o dinheiro disponível para cobrir o valor da compra. É comum termos o recurso na conta corrente ou no bolso, mas as despesas do mês e os investimentos estão ainda por serem cobertos.
Outras vezes, temos prestações e compromissos que fazem o dinheiro que entra não nos pertencer. Somente passam pelas nossas mãos trocando de titulares. Somos o que poderíamos chamar de REPASSADORES.
Chegou a hora da quarta peneira e se passar também por ela é correr para o abraço: EU DEVO COMPRAR? O dever está ligado à responsabilidade pessoal quanto aos projetos futuros que definimos para nós e nossa família. Temos sonhos a realizar, seja da casa própria ou fazer uma especialização, talvez até fora do país ou um projeto de independência financeira. Nesse momento a peneira do DEVO irá definir se o que vou despender agora vai afetar os meus projetos.
Se você descobre que está em um buraco, pare de cavar. Procure manter a sua mente alimentada por tudo o que lhe seja útil, salutar, relaxante, retirando-se das tensões nervosas, dos estresses que têm sido tão comuns nos dias atuais, provocando, com os distúrbios psicoemocionais, as disfunções somáticas, gerando enfermidades em vez de manter a saúde.
Assim ao acordar de manhã, vai pular da cama, satisfeito e incrivelmente disposto a realizar seus projetos e sonhos. Pense nisso, mas pense agora!
Saulo Gouveia é consultor financeiro e organizacional e atua oferecendo novos significados para viver as virtudes em abundância. Articulista de A Gazeta, escreve neste espaço aos domingos. saulo@br714.teste.website ou www.saulogouveia.com.br.